terça-feira, novembro 06, 2007

Não faremos tanta questão um do outro

Porque afinal,
Quando acabar vai ter sido apenas mais um conto
Aquela intenção de calar a dor
Fingindo sempre não calar
E sempre o que não cala
É o desejo de fingir
Nossa mentira real
Calamos um ao outro
Cuidando das feridas que já curadas
Sem sequer pensar
Ao final do dia quando a magoa calar
O fingimento acaba, e a nova mágoa virá
O sono se perde na cama
Às claras sonhar o novo ensejo
De ver novamente o dia passar
Calando falsas magoas e fingindo não melhorar
Vemos que dói mais ver a mentira crescer
Como um amor infantil que logo acaba
No fim do dia
Mas nos calamos
E no fim do dia
Afinal de contas
Esse amor infantil vira uma grande paixão
Que calada cresce sem estender
Não olha pra traz
Cresce e vive por viver calado
Conta à vida desse amor mentindo
Como um conto que finge ser real
Ficamos calados
Porque afinal neste conto
Não faremos tanta questão um do outro

segunda-feira, novembro 05, 2007

Então novamente sonhei com você

Com aquelas discussões bestas
Que sempre acabavam com aquele olhar aquele beijo
Então o amor acontecia com força
Mas do que qualquer amor que já tivesse acontecido
Depois as caricias e tudo mais
Estranho pensar que há muito tempo
Não sentia falta
Mas hoje de repente senti
E sonhei com você antes de levantar
Talvez lembre à noite
De sonhar novamente
Mas quem sabe o que o dia de hoje reserva
Esqueça então de sonhar
E olhe para o dia mesmo sem brilhar
Encare a vida e esqueça a falta
De repente à noite ela voltará
Então novamente sonharei com você